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Palestra sobre ESG destaca desafios e caminhos para a sustentabilidade no Direito durante a Semana Acadêmica da FAACZ

Fotos: Alessandro Bitti.

A FAACZ (Faculdades Integradas de Aracruz) promoveu um evento de alto nível em sua Semana Acadêmica 2025, com a palestra do professor doutor Rhiani Riani, um dos maiores especialistas brasileiros em Direito Ambiental e Sustentabilidade. O encontro, realizado no dia 18 de novembro de 2025, no auditório da instituição, reuniu docentes e estudantes de todos os períodos do curso de Direito para discutir o tema “Além do discurso: A materialidade como essência do ESG”.

Para o professor Antônio Leal, a palestra foi uma “excelente oportunidade” de proporcionar à comunidade acadêmica o acesso ao conhecimento de um especialista de alto nível. “Foi também uma chance de apresentar os elementos fundamentais de um conceito que integra com perfeição teoria e prática, academia e mercado, sustentabilidade e inovação”, pontuou o educador. Leal ainda destacou a relevância do debate para o futuro profissional dos alunos de Direito e para o desenvolvimento econômico e social de Aracruz.

A aluna Ana Cristina Damazio Lopes dos Santos, do 2º período do curso de Direito, avaliou a palestra como de “grande importância”. “Rhiani demonstrou ser um profissional extremamente competente, conduzindo a palestra de forma prática e objetiva, o que facilitou a compreensão dos temas abordados”, disse a universitária.

Ela ressaltou que o conteúdo dialogou com seus conhecimentos prévios de projetos de extensão e disciplinas como Direito Civil, ampliando sua compreensão sobre associações voltadas a ações sustentáveis: “Foi uma experiência acadêmica muito proveitosa e totalmente alinhada às discussões atuais, contribuindo de forma significativa para o meu desenvolvimento acadêmico”.

A palestra foi uma iniciativa do corpo docente e da coordenação do curso de Direito, com o objetivo de enriquecer a Semana Acadêmica, cuja programação ocorreu nos dias 17 e 18 de novembro de 2025. A mesa de debates foi composta pelos professores Antônio Leal, responsável pelo convite ao palestrante, e Ronaldo Félix, coordenador do curso de Direito da FAACZ.

Os cinco caminhos para a adoção do ESG

Durante sua exposição, o professor Rhiani Riani detalhou as cinco principais formas pelas quais as empresas têm aderido à agenda ESG (Environmental, Social and Governance) no cenário corporativo atual. Segundo ele, a pressão por sustentabilidade é exercida por múltiplos agentes:

  1. Instituições Financeiras: A primeira forma está diretamente ligada à concessão de crédito. “Se eu quero empréstimo, tenho que ter um bom programa de sustentabilidade corporativa na minha empresa, de acordo com as métricas e indicadores que aquele banco exige para conceder o crédito”, explicou Riani.
  2. Estado e Licitações: O setor público atua como agente indutor. “A atual lei de licitações já exige mecanismos ESG dentro da empresa. Se eu, empresa, quero participar de um processo de licitação, preciso apresentar meu programa de sustentabilidade corporativa”, afirmou o palestrante.
  3. Parceiros Comerciais: Grandes corporações têm imposto exigências a seus fornecedores. Riani citou o exemplo da Natura: “A Natura, por exemplo, determinou que seus transportadores sejam carbono neutro até 2030. Ela impôs isso a todas as transportadoras”. O professor também mencionou casos em que fornecedores foram substituídos por não cumprirem essas políticas.
  4. Consumidores: A demanda do mercado consumidor é uma força crescente. “Existe um grupo de consumidores que quer a experiência de usar um produto sustentável. O café brasileiro só vai para a Europa se provar que tem mecanismos sustentáveis”, relatou Riani. Ele complementou com o exemplo das cervejarias artesanais brasileiras: “O alemão tem mania de virar a cerveja e ver as certificações no rótulo. Só exportava cerveja sustentável porque o mercado exige”.
  5. Iniciativa Voluntária: Por fim, o professor Riani explicou que há empresas que aderem ao ESG por convicção própria: “Alguns empresários gostam de fazer bondade, filantropia. Querem desenvolver políticas sociais, ambientais e de governança de forma voluntária, sem que ninguém os obrigue”. Ao concluir, Riani reforçou que, apesar dos diversos estímulos, a agenda ESG mantém seu caráter voluntário no ambiente empresarial.

A palestra abordou, ainda, a Agenda 2030 da ONU e os desafios para transformar essas propostas em realidade, consolidando-se como um momento de reflexão sobre temas fundamentais para a formação dos futuros operadores do Direito e para o desenvolvimento sustentável da região. O encontro integrou oficialmente a programação da Semana Acadêmica da FAACZ, reafirmando o compromisso institucional com uma formação crítica e alinhada às demandas contemporâneas do mundo jurídico e corporativo.

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

Data da publicação: 09/12/2025

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