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Alunos de Administração debatem a diversidade nas organizações em iniciativa pioneira na FAACZ

Foto: Divulgação

Desde o dia 25 de setembro, os estudantes do 5º e 6º períodos do curso de Administração das Faculdades Integradas de Aracruz (FAACZ) iniciaram uma série de debates em sala de aula sobre diversidade nas organizações. As discussões fazem parte da disciplina “Administração de Recursos Humanos”, ministrada pelo professor Jussélio Rodrigues Ribeiro, e têm como foco a criação de uma consciência crítica sobre o papel da diversidade nas empresas contemporâneas.

O ponto de partida dos debates foi a análise dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), cujo cumprimento está previsto até 2030. Cada aluno foi incentivado a escolher um dos 17 ODS no site da ONU Brasil e explorar um case relacionado à temática, fomentando uma discussão enriquecedora em sala de aula. Segundo o professor Jussélio, o objetivo é promover uma “massa crítica” entre os universitários, capacitando-os a debater e tomar posições fundamentadas sobre questões relacionadas à diversidade e sustentabilidade nas organizações.

A proposta integra o estudo da unidade de Gestão da Diversidade, um dos eixos centrais da disciplina. A discussão também abrangeu outras ferramentas amplamente utilizadas pelas empresas para comunicar suas práticas de sustentabilidade e inclusão, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), o relatório da Global Reporting Initiative (GRI) e as normas do Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e do International Sustainability Standards Board (ISSB). Divididos em grupos, os alunos aprofundaram o estudo dessas ferramentas e apresentaram suas conclusões em sala de aula.

“O objetivo dessa iniciativa é formar nos alunos uma base sólida de argumentos, permitindo que eles debatam e tomem posição sobre o tema, além de se tornarem referências críticas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a diversidade nas organizações. Esses temas não são apenas relevantes para o fortalecimento das empresas no mercado, mas também para a construção de uma sociedade mais equitativa e harmoniosa. Promover a diversidade é, portanto, uma forma de as organizações não apenas cumprirem seu papel social, mas também contribuírem para seus resultados, construindo um legado de impacto positivo para as próximas gerações”, explica o professor Jussélio.

Durante as atividades, os alunos também discutiram o relatório “Perfil Social, Racial e de Gênero” do Instituto Ethos, que revela como as grandes empresas brasileiras estão lidando com a diversidade. De acordo com o relatório, o uso dos Indicadores Ethos, que mede ações de diversidade, equidade e inclusão, é adotado por 44,5% das empresas. Além disso, outras ferramentas, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) e relatórios da Global Reporting Initiative (GRI), também foram debatidos.

Os grupos de estudantes foram desafiados a apresentar trabalhos sobre as quatro principais ferramentas usadas por empresas para divulgar suas ações de sustentabilidade e inclusão. Entre elas, o destaque foi o “Anexo ESG” do ISE B3, que busca estimular a diversidade em cargos de liderança nas empresas brasileiras. A discussão trouxe à tona dados preocupantes, como o fato de que 56% das empresas não possuem mulheres entre seus diretores estatutários, e que a representatividade de pessoas negras no comando das empresas ainda é muito baixa.

A partir de 2025, as companhias deverão incluir ao menos uma mulher ou uma pessoa diversa em seus Conselhos ou Diretorias, com foco em grupos como pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBTQIA+. O “Anexo ESG” comum em mercados internacionais, exige que as empresas ou aumentem a diversidade na liderança ou justifiquem a ausência de progresso. O ESG busca mudar esse cenário com a regra “pratique ou explique”.

Outro ponto discutido foi a diversidade religiosa no ambiente corporativo, com base na matéria da revista Você S/A, intitulada “Estas empresas descobriram como respeitar a diversidade religiosa”. A reportagem destaca como o avanço das políticas de diversidade nas empresas tem levado à criação de comitês focados em questões de gênero, etnia, orientação sexual e inclusão de pessoas com deficiência (PCDs), além de agora incluir a religiosidade no debate em diferentes ambientes corporativos.

Esses debates e atividades têm proporcionado aos alunos do curso de Administração da FAACZ uma visão abrangente e crítica sobre a diversidade nas organizações, preparando-os para lidar com os desafios e demandas de um mercado de trabalho cada vez mais plural e inclusivo. A série de debates aprofundou sobre o papel da diversidade nas organizações e como as empresas estão respondendo a esses desafios em um mercado cada vez mais atento às práticas de inclusão e sustentabilidade. Durante a noite do dia 8 de outubro, nas dependências da FAACZ, os alunos apresentaram seus trabalhos, compartilhando o aprendizado sobre os diferentes padrões e ferramentas de sustentabilidade corporativa.

“Apresentamos um trabalho sobre o Global Reporting Initiative (GRI), onde aprofundamos nosso conhecimento sobre suas diretrizes e a importância dos relatórios utilizados por grandes empresas. A divisão em grupos, com cada um responsável por um índice ou indicador, estimulou discussões enriquecedoras e ampliou nossa bagagem acadêmica. Também exploramos temas como SASB, ISSB e ISE B3, sob a orientação do professor Jussélio, o que nos proporcionou uma visão mais abrangente sobre relatórios de sustentabilidade e suas vantagens no cenário atual”. Integrantes do Grupo I – GRI – Global Reporting Initiative: Camila Queiroz Fantin (6º período de Administração), Flavia de Oliveira Souza (5º período de Administração), Rafaela Nascimento Caliman (5º período de Administração).

“Trabalhar nesse projeto trouxe muito aprendizado, especialmente sobre a importância da sustentabilidade nas empresas. Aprendemos como elas podem ser mais transparentes em relação às suas ações ambientais e sociais, o que ajuda tanto os investidores quanto as pessoas interessadas em saber se essas empresas estão fazendo a coisa certa. A experiência com os padrões do SASB nos mostrou como é essencial que as empresas falem de forma clara sobre os riscos e oportunidades ligados à sustentabilidade, ajudando a tomar decisões melhores. Esse conhecimento vai ser muito útil para nós, pois agora nos sentimos mais preparadas para enfrentar desafios ligados à responsabilidade social e ao impacto das empresas no meio ambiente”. Componentes doGrupo II – SASB – Sustainability Accounting Standards Board: Raielly Mical Souza Pereira (6º período de Administração) e Vivyan Pereira do Nascimento (6º período de Administração).

“Com o desenvolvimento deste trabalho, foi possível aprofundarmos nossa compreensão sobre a importância do ISSB (International Sustainability Standards Board) e percebermos como essa experiência foi enriquecedora em vários aspectos. O ISSB ocupa um papel fundamental na criação e padronização de normas de sustentabilidade para empresas em escala global, promovendo maior transparência e responsabilidade nas práticas corporativas. Ele permite que as informações financeiras sejam complementadas por dados que refletem de forma precisa os impactos ambientais e sociais das operações empresariais, o que é essencial em um mundo cada vez mais preocupado com sustentabilidade”. Integrantes do Grupo III – ISSB – International Sustainability Standards Board: Beatriz Pereira, Fernanda Buffon Fernandes Sabino e Rayssa da Cruz Magalhães (todas do 5º período de Administração).

“Um dos aspectos mais interessantes abordados no trabalho foi a análise das empresas que compõem o índice e como essas organizações estão se comprometendo com medidas de responsabilidade social, ambiental e de governança (ESG). O trabalho destacou que, ao adotar essas práticas, as empresas não apenas contribuem para a sociedade, mas também melhoram sua reputação e atraem um público investidor cada vez mais consciente”. Componentes doGrupo IV – ISE B3: Erica Costa Pereira Oliveira, Jarlene Bertholini Batista, Mariana França de Santana e Vanessa Aparecida Fernandes dos Santos (todas do 6º período de Administração).

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

Data da publicação: 29/10/2024

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