“Violência doméstica e as implicações na saúde mental da mulher” foi tema da Roda de Conversa realizada no auditório da FAACZ, no último dia 22. O tema foi proposto pelo professor Arismar Manéia, que é presidente do Comitê de Extensão da faculdade e responsável por fazer o convite às palestrantes. “Realizar eventos como este contribuem para alertar a nossa sociedade sobre a violência doméstica. Além disso, precisamos trabalhar a desconstrução da cultura machista e orientar as mulheres de como se protegerem”, disse Arismar.
Na ocasião, os universitários da FAACZ dos cursos de Psicologia, Pedagogia, Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem e Engenharia Mecânica conversaram com a psicóloga, especialista em comportamento suicida, prof.ª Marta Rossoni e com a delegada da Polícia no Estado do Espírito Santo, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) e da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Aracruz, Dr.ª Amanda da Silva Barbosa.
“A violência doméstica tem acometido crianças, mulheres e idosos. Está entre as cinco primeiras causas da tentativa de suicídio. É importante pensarmos o que leva uma delegacia como a DEAM registrar tantas queixas e medidas protetivas. A violência contra as mulheres começa a partir dos 14 anos, algo em torno de 43% em nosso país”, alertou Marta que na ocasião relatou alguns casos de violência que tem atendido em seu consultório e falou também sobre a importância de se trabalhar temas como a violência, com estudantes do Ensino Fundamental e Médio.
Em seguida, a titular da DEAM de Aracruz explicou sobre os aspectos jurídicos da Lei Maria da Penha e falou ainda sobre as alternativas não-violentas no âmbito das relações interpessoais, especialmente, as conjugais e familiares. Amanda também fez relato de experiências do seu dia a dia no ofício de delegada titular da DEAM e ainda elucidou questões importantes sobre o assunto, fazendo uso de sua experiência na área.
A delegada ressaltou também que, para diminuir os conflitos e os altos índices de violência contra a mulher, é preciso empoderar as mulheres e conscientizar os homens. Ao finalizar o encontro, as palestrantes convidadas destacaram que a vítima jamais deve se sentir responsável pelas agressões que sofre, sejam elas físicas ou psicológicas, e encorajou as mulheres a denunciarem seus agressores.
Texto: Alessandro Bitti
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