A importância do Patrimônio Histórico do Espírito Santo é tema de encontro na FAACZ

Foto: Ariel Cerri

Estudantes de Arquitetura e Urbanismo da FAACZ conversaram com os arquitetos urbanistas Genildo Coelho Hautequestt Filho, doutorando da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Giovana Gonçalves Achiamé, na última quinta-feira (19). O encontro aconteceu no auditório da faculdade e foi viabilizado pela prof.ª da disciplina de Patrimônio, Andréa Curtiss Alvarenga.

 

Na ocasião, Genildo falou sobre um estudo que está fazendo no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFF, intitulado “As Políticas de Preservação do Patrimônio e o Processo de Despatrimonialização dos Sítios Históricos do Estado do Espírito Santo” e disse que no estado existem cinco Sítios Históricos, são eles: Muqui, São Mateus, Santa Leopoldina, São Pedro do Itabapoana (distrito de Mimoso do Sul) e Itapina (distrito de Colatina).

 

“A Gestão do Patrimônio no Brasil começa em 1937 com a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em 1967, é criado o Conselho Estadual de Cultural, que vai gerir os tombamentos no Espírito Santo. Atualmente, o estado não tem uma política pública eficiente de conservação do patrimônio. Infelizmente, nós capixabas somos muito incompetentes na gestão de nosso patrimônio. Isso não é culpa do governo do estado e nem dos municípios que detém o patrimônio, mas de todos nós que somos capixabas”, explicou o doutorando de Arquitetura e Urbanismo.

 

Em seguida, os universitários ouviram a arquiteta urbanista Giovana que apresentou o seu livro “Mapa de Danos: Diretrizes de Representação Gráfica em Projetos em Restauro”, escrito em parceria com o prof. Genildo e fruto do seu Trabalho Final de Graduação. O livro foi contemplado pelo Edital 12/2016, do Fundo Estadual de Cultura – Funcultura, da Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) e pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES). No encerramento do evento, os autores doaram 20 exemplares para a biblioteca da FAACZ.

 

Também participaram do encontro, professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAACZ e a coordenadora, prof.ª Ivana Souza Marques; o secretário da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (SEMTUR) de Aracruz, Jean Carlo Gratz Pedrini e a coordenadora de Patrimônio Artístico Cultural da SEMTUR, Monica Cristina Pimentel.

 

Segundo o secretário da SEMTUR, “as ações que visam a mudança do olhar da sociedade para os nossos Patrimônios Históricos e Arquitetônicos, principalmente para a nova geração, estudantes e formadores de opinião, são de suma importância. Preservando estes patrimônios, preservamos a nossa história e nossa cultura, garantindo às novas gerações acesso a esses bens. Outro olhar, que se tem que pensar, é sobre a questão financeira, a geração de emprego e renda, através do turismo, artesanato, agroturismo, dentre as muitas vertentes e oportunidades que podem surgir a partir da conservação destes patrimônios”, disse.

 

Veja o que dizem as estudantes de Arquitetura e Urbanismo sobre o encontro

“Esse evento nos mostrou o valor de mapear, preservar os bens materiais, imateriais e naturais da nossa região, que herdamos de sociedades que viveram em uma época passada. Além da importância de interagir com a comunidade que habita e reside nestes bens, com o papel de conscientizá-las da relevância que estes representam. O livro, além de conteúdo, traz um manual de instruções muito completo sobre o mapeamento de danos nas edificações, que agora pode seguir um padrão. Foi admirável ver o Trabalho de Conclusão de Curso da Giovana se tornar um livro, nos mostrou que é possível seguir com nossos objetivos”. Carolina Bianchi do 8º Período.

 

“O lançamento do livro “Mapa de Danos: Diretrizes de Representação Gráfica em Projetos em Restauro” agregou muitos conhecimentos sobre patrimônio, a análise desses patrimônios e alguns meios para preservá-los. Pude conhecer um pouco mais sobre o patrimônio presente no estado do Espírito Santo. Além disso, pude tirar algumas dúvidas referentes ao tombamento de imóveis e as implicações que essa medida traz tanto em relação ao imóvel em si, como para as pessoas que convivem e frequentam esses espaços. Os arquitetos urbanistas disponibilizaram também arquivos de grande valia para futuros trabalhos que envolvam estudo e restauro de imóveis”. Thais Gonçalves de Sousa do 8º Período.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

 

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